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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

SG em visita ao Hospital São Judas Tadeu


Hospital São Judas Tadeu de Barretos

            Durante o desenvolvimento do eixo temático “Humanização da morte: um desafio para a formação profissional na área da saúde” realizamos, entre as várias atividades, uma visita ao hospital de cuidados paliativos São Judas Tadeu de Barretos. Fomos recebidos pelo diretor Dr. Luis Fernando e conhecemos a estrutura do hospital, fizemos visitas aos leitos e tivemos uma apresentação de todos os trabalhos desenvolvidos no mesmo.

            Além disso, projetamos em um encontro posterior um filme dirigido pelo cineasta americano Mike Nicholls titulado “Wit” que relata a falta de preparo e o abuso de muitos profissionais da saúde diante a fragilidade da pessoa doente. Assim sendo, propomos uma atividade para os alunos, pedimos que eles relatassem os sentimentos e as posturas evidenciadas nos “cenários” visitados.

             Logo abaixo selecionamos algumas reflexões construídas pelos alunos do segundo período do curso de Medicina. Acompanhe algumas dessas reflexões.


“Acredito, realmente, que vivenciar a morte diariamente seja uma tarefa árdua, já que durante a minha ida ao hospital, ao passar por um dos corredores, veio a óbito um paciente e ver o desespero dos familiares e a necessidade dos profissionais de fazer o possível para confortá-la, mesmo que eles sabiam que a morte estava próxima, foi um tanto quanto chocante e, ao mesmo tempo reflexivo para que eu passasse a pensar se algum dia eu estaria pronta para lidar com todo esse processo, fornecendo o apoio necessário, sem me abalar demasiadamente, mas com sentimentos, pois afinal de contas, sou humana.” (Larissa Maria de Vito)

“Confesso que a visita ao hospital me emocionou, principalmente em três momentos: quando o enfermeiro nos mostrou o mural de fotos de casamentos já realizados, visitas a pesque-pague, e outras festas; quando estávamos conhecendo os quarto e vimos uma mulher recebendo a notícia de que seu ente havia falecido e quando vi uma jovem com vários hematomas na face acompanhada de seus familiares, e que todos pareciam em paz. É muito interessante ver como os profissionais da saúde cuidam dos pacientes e de seus familiares, afinal ali uma simples conversa pode ser o remédio [...] me questionei sobre que tipo de médica pretendo ser: aquela que conhece todas as técnicas e assuntos ou aquela que trata seus pacientes como pessoas que construíram sua história ao longo da vida? A resposta encontrada: posso ser ambas” (Camila Borela)

“Assistindo ao filme ‘Wit’, não pude deixar de notar, na minha condição de futuro profissional da saúde, diversas cenas que retratam de forma fidedigna, infelizmente, o que acontece cotidianamente em diversos hospitais pelo mundo [...] em contraponto a essa realidade não somente cinematográfica do filme a visita ao Hospital São Judas Tadeu possibilitou uma maior compreensão sobre os cuidados paliativos e sobre o direito do paciente de escolher não prolongar sua vida a custa de demasiando sofrimento” (Hugo Shimidt Luizetti)

“Assistindo a esse filme conseguimos entender o quão importante são os cuidados paliativos, difundidos por Cecely Saunders e aderidos pelo Hospital São Judas Tadeu de Barretos. Durante a visita a tal hospital no dia 17 de outubro, percebemos que há grande dedicação e preocupação em se oferecer tantos aos pacientes terminais como aos familiares, cuidados que abrangem aspectos biológicos, psicológicos, sociais e espirituais. A ação de uma equipe multidisciplinar proporciona aos pacientes maior independência e dignidade.” ( Jéssica Colognesi Yamanaka)

“A mensagem que fica tanto do filme quanto da visita ao hospital é a de que devemos ouvir o outro, nos colocar no lugar deles e tentar a qualquer custo fazer algo que vise a melhoria de sua qualidade de vida. E claro, sempre respeitando suas escolhas, crenças e individualidade.” (Maiara Silva Tramonte)

“A experiência da visita ao hospital e ao assistir o filme ‘Wit’ me proporcionou uma grande alegria, pois eu pude perceber que a morte pode sim ser digna e me senti orgulhosa por existir aqui em Barretos um Hospital como o São Judas que se preocupa com o paciente até o fim de sua vida, algo que no filme foi totalmente desconsiderado, uma vez que os médicos se preocupavam apenas com a doença e não com o paciente.” (Thaís Maciel de Souza)

“Não vou dizer que falar de morte passou a ser algo natural, receio que é desconhecido, mas entendi um pouco melhor o papel do médico diante do assunto, que não é lutar contra e muito menos a favor, mas sim proporcionar ao paciente alívio, apoio e qualidade de vida, neste momento tão carregado de estigmas e medos [...] a ideia sobre a postura médica está sendo bem construída, principalmente com a visita ao hospital e a discussão sobre o filme. Porém, sei que na prática não será tão simples assim, mas acredito quer teremos suporte para que com o tempo tenhamos uma postura adequada e humanizada.” (Ana Carolina Furlan Galuban)

4 comentários:

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