No dia 28 de
novembro de 2012 o SG teve a honra de receber o Dr. João Soares Nunes, oncologista clínico e membro da Comissão de Ética
Médica do Hospital Pio XII, para uma intervenção pedagógica sobre os “Aspectos
práticos da ética médica”.
Dr. João que há
4 anos faz parta da Comissão de Ética Médica do Pio XII, iniciou sua fala ressaltando que o
comportamento humano é regido por um conjunto de valores que podemos chamar de
ética. Esses valores além de serem construídos socialmente acabam por regular o
convívio em sociedade. Afinal, nem sempre o que “posso” é o que “devo” ou o que
“quero”, ressaltou o clínico.
Em sua
intervenção junto aos alunos da Turma I de medicina, lembrou alguns princípios
importantes da Bioética, como a beneficência, a autonomia, a não-maleficência,
e a justiça. Abordou que no cotidiano da prática médica os profissionais se
deparam com muitos dilemas, e que a tomada de decisão deve ser subsidiadas por
tais princípios éticos. Trouxe casos públicos de aplicação desses princípios e
falou mais atentamente da estrutura e o que faz uma comissão de ética em uma
instituição de saúde.
Apontou que
não é fácil ser membro da Comissão de Ética Médica, pelos desafios que este
cargo ocupa, já que além da relação médico-paciente, tem que se ater a relação
entre os pares. Falou que a função da Comissão de Ética não é de caráter
punitivo, mas sim educacional, no sentido de orientar a boa conduta do médico, visando
um atendimento mais humanizado aos pacientes. A comissão é formada por um grupo
de médicos que são eleitos a cada dois anos. Estes se reúnem mensalmente e tem
por papel uma atuação de sindicância, de fiscalização e como já foi apontado,
um papel educacional.
Dr. João
também comentou os principais erros que acabam acometendo a um processo
jurídico devido a má atuação médica, sendo estes a negligência, a imperícia e a
imprudência. O médico pode ser processado nas esferas criminal, cível e ética. Neste
momento, ressaltou a importância do Código de Ética Médica, e até mesmo o Código
de Ética do estudante de medicina, no sentido que ser um documento que dever
servir como uma conduta para uma boa atuação profissional. Dr. João sinalizou a importância do
prontuário do paciente para maior proteção do médico em caso de processos ou
reclamações, sendo este a melhor forma de documentação, todas as ações do
médico devem ser registradas de forma adequada e clara.
Sabiamente
trouxe à tona a relação médico-paciente, afirmando que o grande segredo para
uma relação humanizada é a manutenção do vínculo de confiança e saber ouvir
atentamente o paciente. Afirmou que ser “médico não é ser sacerdote”, assim
sendo, desmistificou a visão de alguns médicos e da população em relação à
categoria. Disse até que o “corporativismo maligno” da classe médica foi
abolido no novo Código de Ética Médica.
No final de
sua intervenção disse que “a transparência e a honestidade, a capacidade de
solidarizar e o respeito, unido a uma comunicação clara colabora para uma a
obtenção de boa relação entre médico e paciente e para a manutenção de uma boa
medicina.
Segue abaixo
algumas fotos deste momento.
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