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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

SG recebe a visita do Dr. João Nunes - Comissão de Ética Médica


No dia 28 de novembro de 2012 o SG teve a honra de receber o Dr. João Soares Nunes, oncologista clínico e membro da Comissão de Ética Médica do Hospital Pio XII, para uma intervenção pedagógica sobre os “Aspectos práticos da ética médica”.
Dr. João que há 4 anos faz parta da Comissão de Ética Médica do Pio XII,  iniciou sua fala ressaltando que o comportamento humano é regido por um conjunto de valores que podemos chamar de ética. Esses valores além de serem construídos socialmente acabam por regular o convívio em sociedade. Afinal, nem sempre o que “posso” é o que “devo” ou o que “quero”, ressaltou o clínico.
Em sua intervenção junto aos alunos da Turma I de medicina, lembrou alguns princípios importantes da Bioética, como a beneficência, a autonomia, a não-maleficência, e a justiça. Abordou que no cotidiano da prática médica os profissionais se deparam com muitos dilemas, e que a tomada de decisão deve ser subsidiadas por tais princípios éticos. Trouxe casos públicos de aplicação desses princípios e falou mais atentamente da estrutura e o que faz uma comissão de ética em uma instituição de saúde.
Apontou que não é fácil ser membro da Comissão de Ética Médica, pelos desafios que este cargo ocupa, já que além da relação médico-paciente, tem que se ater a relação entre os pares. Falou que a função da Comissão de Ética não é de caráter punitivo, mas sim educacional, no sentido de orientar a boa conduta do médico, visando um atendimento mais humanizado aos pacientes. A comissão é formada por um grupo de médicos que são eleitos a cada dois anos. Estes se reúnem mensalmente e tem por papel uma atuação de sindicância, de fiscalização e como já foi apontado, um papel educacional.
Dr. João também comentou os principais erros que acabam acometendo a um processo jurídico devido a má atuação médica, sendo estes a negligência, a imperícia e a imprudência. O médico pode ser processado nas esferas criminal, cível e ética. Neste momento, ressaltou a importância do Código de Ética Médica, e até mesmo o Código de Ética do estudante de medicina, no sentido que ser um documento que dever servir como uma conduta para uma boa atuação profissional.  Dr. João sinalizou a importância do prontuário do paciente para maior proteção do médico em caso de processos ou reclamações, sendo este a melhor forma de documentação, todas as ações do médico devem ser registradas de forma adequada e clara.
Sabiamente trouxe à tona a relação médico-paciente, afirmando que o grande segredo para uma relação humanizada é a manutenção do vínculo de confiança e saber ouvir atentamente o paciente. Afirmou que ser “médico não é ser sacerdote”, assim sendo, desmistificou a visão de alguns médicos e da população em relação à categoria. Disse até que o “corporativismo maligno” da classe médica foi abolido no novo Código de Ética Médica.
No final de sua intervenção disse que “a transparência e a honestidade, a capacidade de solidarizar e o respeito, unido a uma comunicação clara colabora para uma a obtenção de boa relação entre médico e paciente e para a manutenção de uma boa medicina.
Segue abaixo algumas fotos deste momento.





quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Código de ética do estudante de medicina

      Pessoal segue abaixo o link que permite o acesso ao "Código de ética do estudante de medicina". Vale a pena tomar ciência.
Abraços
Prof. Marco  Monteiro e Fabiana Rezende

Disparadores utilizados nas APSG's



      Queridos alunos e alunas estou disponibilizando alguns disparadores que já foram utilizados nas nossas avaliações de produção, os mesmos não podem ser utilizados  novamente. Aproveito a oportunidade para deixar claro algumas questões.

1- "Disparador cultural" é o meio artístico-cultural o qual permite a exposição dos conceitos.

2-  "Tema" é o assunto geral enunciado, em nosso caso, isso acontece nos eixos temáticos.

3-"Conceito" é a formulação de uma ideia por meio de palavras. É a definição e/ou categorização.

Ex: Tema - A composição da estrutura da família contemporânea e sua relação com a saúde
      Conceito - Família nuclear

4- "Referencia bibliográfica" é o subsídios teóricos (artigos científicos, livros) que dará fundamentação as discussões dos conceitos.


Disparadores 
Tela
- “A negra”  1923 - (Tarsila do Amaral)
- “Retirantes” 1944 -  (Cândido Portinari)
- “Um jantar brasileiro”  1827 -  (Jean-Baptiste Debret)
- “Moisés: o núcleo da criação”  1945 – (Frida Kahlo)
- “A primeira missa no Brasil” 1860 – (Victor Meireles)
- “Papiro de Hunefer” ~ 1300 Ac – (Hunefer)
- “O nascimento do homem novo” 1943 - (Salvador Dali)
- “Velho judeu com o menino” 1903 – (Pablo Picasso)

Filme
-“Meu nome é Rádio” Dir. Michael Tolin, EUA- 2003
- “Cartas para Deus” Dir. David Nixon, EUA – 2010
- “Milk” Dir. Gus Van Sant, EUA - 2009
- “Histórias cruzadas (The help) Dir. Tate Taylor, EUA, 2011
- “Coach Carter” Dir. Thomas Carter, EUA, 2005
-“A lista de Schindler” Dir. Steven Spielberg, EUA, 1993
-“O monge e o macaco” Dir. Brendan Carroll e Francesco Giroldini, EUA, 2010
- “Heavnen” Dir. Susanne Bier, Dinamarca, 2010
- “Chico Xavier” Dir. Daniel Filho, Brasil, 2010

Música
- “Sonho médio” (Dead Fish)
- “Os insetos interiores” (Fernando Anitelli- O teatro mágico)
- “Imagine” (John Lennon)
- “Noites traiçoeiras” (Carlos Papae)
- “Kong” (Alexandre Pires)
- “Sou bruto, rústico e sistemático” (João Carreiro e Capataz)
- “The spirit carries” (John Petrucci – Dream Theater)
- “O mundo” (Lenine)
- “Resto do mundo” (Paulinho Moska)

Poema/Poesia
- “Mulher negra” (Jorge Linhaça - 2008)
- “O dia da criação” (Vinicius de Moraes – 1946)
- “Um operário em construção” (Vinicius de Moraes – 1956)
- “Poemas inconjunto” (Alberto Caeiro – 1915)
-“A morte não é nada” (Santo Agostinho) 

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

SG em visita ao Hospital São Judas Tadeu


Hospital São Judas Tadeu de Barretos

            Durante o desenvolvimento do eixo temático “Humanização da morte: um desafio para a formação profissional na área da saúde” realizamos, entre as várias atividades, uma visita ao hospital de cuidados paliativos São Judas Tadeu de Barretos. Fomos recebidos pelo diretor Dr. Luis Fernando e conhecemos a estrutura do hospital, fizemos visitas aos leitos e tivemos uma apresentação de todos os trabalhos desenvolvidos no mesmo.

            Além disso, projetamos em um encontro posterior um filme dirigido pelo cineasta americano Mike Nicholls titulado “Wit” que relata a falta de preparo e o abuso de muitos profissionais da saúde diante a fragilidade da pessoa doente. Assim sendo, propomos uma atividade para os alunos, pedimos que eles relatassem os sentimentos e as posturas evidenciadas nos “cenários” visitados.

             Logo abaixo selecionamos algumas reflexões construídas pelos alunos do segundo período do curso de Medicina. Acompanhe algumas dessas reflexões.


“Acredito, realmente, que vivenciar a morte diariamente seja uma tarefa árdua, já que durante a minha ida ao hospital, ao passar por um dos corredores, veio a óbito um paciente e ver o desespero dos familiares e a necessidade dos profissionais de fazer o possível para confortá-la, mesmo que eles sabiam que a morte estava próxima, foi um tanto quanto chocante e, ao mesmo tempo reflexivo para que eu passasse a pensar se algum dia eu estaria pronta para lidar com todo esse processo, fornecendo o apoio necessário, sem me abalar demasiadamente, mas com sentimentos, pois afinal de contas, sou humana.” (Larissa Maria de Vito)

“Confesso que a visita ao hospital me emocionou, principalmente em três momentos: quando o enfermeiro nos mostrou o mural de fotos de casamentos já realizados, visitas a pesque-pague, e outras festas; quando estávamos conhecendo os quarto e vimos uma mulher recebendo a notícia de que seu ente havia falecido e quando vi uma jovem com vários hematomas na face acompanhada de seus familiares, e que todos pareciam em paz. É muito interessante ver como os profissionais da saúde cuidam dos pacientes e de seus familiares, afinal ali uma simples conversa pode ser o remédio [...] me questionei sobre que tipo de médica pretendo ser: aquela que conhece todas as técnicas e assuntos ou aquela que trata seus pacientes como pessoas que construíram sua história ao longo da vida? A resposta encontrada: posso ser ambas” (Camila Borela)

“Assistindo ao filme ‘Wit’, não pude deixar de notar, na minha condição de futuro profissional da saúde, diversas cenas que retratam de forma fidedigna, infelizmente, o que acontece cotidianamente em diversos hospitais pelo mundo [...] em contraponto a essa realidade não somente cinematográfica do filme a visita ao Hospital São Judas Tadeu possibilitou uma maior compreensão sobre os cuidados paliativos e sobre o direito do paciente de escolher não prolongar sua vida a custa de demasiando sofrimento” (Hugo Shimidt Luizetti)

“Assistindo a esse filme conseguimos entender o quão importante são os cuidados paliativos, difundidos por Cecely Saunders e aderidos pelo Hospital São Judas Tadeu de Barretos. Durante a visita a tal hospital no dia 17 de outubro, percebemos que há grande dedicação e preocupação em se oferecer tantos aos pacientes terminais como aos familiares, cuidados que abrangem aspectos biológicos, psicológicos, sociais e espirituais. A ação de uma equipe multidisciplinar proporciona aos pacientes maior independência e dignidade.” ( Jéssica Colognesi Yamanaka)

“A mensagem que fica tanto do filme quanto da visita ao hospital é a de que devemos ouvir o outro, nos colocar no lugar deles e tentar a qualquer custo fazer algo que vise a melhoria de sua qualidade de vida. E claro, sempre respeitando suas escolhas, crenças e individualidade.” (Maiara Silva Tramonte)

“A experiência da visita ao hospital e ao assistir o filme ‘Wit’ me proporcionou uma grande alegria, pois eu pude perceber que a morte pode sim ser digna e me senti orgulhosa por existir aqui em Barretos um Hospital como o São Judas que se preocupa com o paciente até o fim de sua vida, algo que no filme foi totalmente desconsiderado, uma vez que os médicos se preocupavam apenas com a doença e não com o paciente.” (Thaís Maciel de Souza)

“Não vou dizer que falar de morte passou a ser algo natural, receio que é desconhecido, mas entendi um pouco melhor o papel do médico diante do assunto, que não é lutar contra e muito menos a favor, mas sim proporcionar ao paciente alívio, apoio e qualidade de vida, neste momento tão carregado de estigmas e medos [...] a ideia sobre a postura médica está sendo bem construída, principalmente com a visita ao hospital e a discussão sobre o filme. Porém, sei que na prática não será tão simples assim, mas acredito quer teremos suporte para que com o tempo tenhamos uma postura adequada e humanizada.” (Ana Carolina Furlan Galuban)